30 agosto 2009

O Barqueiro

Um viajante caminhava pelas margens
de um grande lago de águas cristalinas,
imaginando uma forma de chegar até o outro lado,
aonde era seu destino. Suspirou, profundamente,
enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo,
oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada,
era provido de dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco,
observou que eram mesmo duas palavras.
Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR
e no outro, AGIR.
Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro
o motivo daqueles nomes nos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR,
e remou com toda força.
O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar.
Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR,
e remou com todo vigor. Novamente,
o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos,
movimentou-os ao mesmo tempo,
e o barco, impulsionado por ambos os lados,
navegou através das águas do lago,
chegando calmamente à outra margem.
O barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA.
E a margem é a META que desejamos atingir.
Para que o barco da AUTOCONFIANÇA n
avegue seguro e alcance a META pretendida,
é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo,
e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.
Não basta apenas ACREDITAR,
senão o barco ficará rodando em círculos,
é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção
que nos levará a alcançar a nossa META.
Impulsione os remos com força e com vontade,
superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que,
por vezes, será preciso até remar contra a maré.