16 setembro 2009

A MAIS BELA FLOR

Conta-se que, por volta do ano 250 A.C., na China antiga,
um príncipe da região norte do pais, estava às vésperas de ser coroado imperador,
mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte,
ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia,
numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos,
ouvindo os comentários sobre os preparativos,
sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha
nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem,
espantou-se ao saber que elapretendia ir à celebração e indagou incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas
ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça;
eu sei que vocêdeve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
A filha respondeu: - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca.
Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar,
pelo menos momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato,
todas as mais belas mças, com as mais belas roupas,
com as mais belas jóias e com as maisdeterminadas intenções.
Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei, a cada uma de vocês, uma semente.
Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor,
será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo,
que vlorizava muito a especialidade de "cultivar" algo,
sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade
nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura,
a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor
surgisse na mesma extensão de seu amor,
ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu.
A jovem tudo tentara, usara de todosos métodos que conhecia,
mas nada havia nascido. Dia após dia, ela percebiacada vez mais longe o seu sonho,
mas cada vez mais profundo o seu amor.
Porfim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à sua mãe
que,independente das circunstâncias, retornaria ao palácio,
na data e horacombinadas, pois não pretendia nada além
de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada, estava lá, com seu vaso vazio,
bem como todas as outraspretendentes, cada uma com uma flor mais bela
do que a outra, das maisvariadas formas e cores.
Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes,
com muito cuidado e atenção.
Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado
e indica a belajovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações.
Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente
aquela que nada havia cultivado.
Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar umaimperatriz:
A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis...

Quantos tem deixando de cultivar essa Flor
movidos por ganancia, egoismo e assim perdem a
oportunidade de serem escolhidos por Deus.