25 setembro 2010

A brasa solitária

Juan ia sempre aos cultos dominicais de sua congregação. 
Mas começou a achar que o pastor dizia sempre as mesmas coisas, e parou de frequentar. 

Dois meses depois, em uma fria noite de inverno, o pastor foi visitá-lo. 
“Deve ter vindo para tentar convencer-me a voltar” pensou Juan consigo mesmo. 
Imaginou que não podia dizer a verdadeira razão: os sermões repetitivos. 
Precisava encontrar uma desculpa, e enquanto pensava, 
colocou duas cadeiras diante da lareira, e começou a falar sobre o tempo. 
O pastor não disse nada. Juan, depois de tentar inutilmente puxar conversa por algum tempo, 
também calou-se. Os dois ficaram em silêncio, contemplando o fogo por quase meia-hora.

Foi então que o pastor levantou-se, e com a ajuda de um galho que ainda não tinha queimado, 
afastou uma brasa, colocando-a longe do fogo. 
A brasa, como não tinha suficiente calor para continuar queimando, começou a apagar. 
Juan, mais que depressa, atirou-a de volta ao centro da lareira. 
- Boa noite – disse o pastor, levantando-se para sair. 
- Boa noite e muito obrigado – respondeu Juan. – A brasa longe do fogo, 
por mais brilhante que seja, terminará extinguindo rapidamente. 

“O homem longe dos seus semelhantes, por mais inteligente que seja, 
não conseguirá conservar seu calor e sua chama. Voltarei à igreja no próximo domingo.”


Vá até seus irmãos, seja numa igreja nos lares ou no templo evangélico mais próximo de você...

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